sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Quem depende de ônibus...

Bom, eu acho que tenho autoridade para escrever sobre isso, pois todo dia sofro, quer dizer, utilizo os nossos amados transportes públicos. Mais até do que gostaria.

Resolvi falar disso hoje, pois tive que pegar um ônibus no horário que pegava no período passado da facul, ou seja, de manhã. E revivi um fenômeno que à noite, que é meu atual horário, é mais difícil de ocorrer. É quando, no horário da manhã, com as pessoas indo para o trabalho, buzum lotado, sempre tem uma candidata para sentar na tampa do motor do ônibus. Geralmente, são “chegadas” do motorista, flertes, são algo mais do que passageiras, saca?

Mas aí você pode estar pensando, “que tem isso a ver?” ou “ deixa o cara... “, e eu te respondo, que toda vez que isso acontece, o cara , como se por milagre, deixa de ser aquele pé-de-chumbo típico da classe, e atua como o mais relaxado motorista de madame.

Eu detesto (ao contrário dos outros passageiros) quando os caras correm como se estivessem disputando rachas, colocando a vida dos passageiros em risco, mas nesse caso, eu vou explicar o que acontece; o cara começa naquele papo “gostoso” e sabendo que provavelmente não vai rever a passageira até o dia seguinte, faz com que a viagem dure. E como dura!

Uma viajem que geralmente demora uma hora e dez, uma e vinte, é alongada em até duas horas!!! E o passageiro sai de casa contando com um atraso mínimo, e geralmente por causa de engarrafamento, mas hoje não, o trânsito estava limpinho, e o cara andando à 40km! E nos trechos com quebra-mola, ele passava bem dizer à 20km! Tudo isso para se entender melhor com a cabrocha, sacou?

E a isso, some a indignação dos passageiros que medem a competência de um motorista pela velocidade com que ele faz o trajeto, independente de colocar a vida deles em risco ou não, pois eu nem vou entrar nesse mérito.

A revolta é geral, então começam os insultos, “solta o freio de mão, seu lerdão!!!”, ou “ pisa nessa p$#!*, seu corno!!”, e como já dizia a letra do rapa , “tem certos momentos que atingem o inconsciente popular”, e eu me vejo gritando os insultos também, pois saio de casa às 7:00 para estar na facul às 9:40, e hoje eu quase cheguei atrasado!

Com isso tive que saltar em um ponto depois do meu normal, pois pego também o ônibus da facul, e quando cheguei no meu ponto normal, já o vi saindo; e cada ponto que eu ia saltar (mais dois) ele já estava saindo, e eu só assistindo de longe, impotente...

Tive que saltar no terceiro, e cercar o ônibus da facul no outro lado da pista, pois ele ainda tinha que passar em outro campus, mas o trânsito estava tão bom, que ele fez esse trajeto em menos tempo do que eu levei para atravessar a Avenida das Américas, não sei como, mas acredito que hoje não era o meu dia. Ainda bem que eu saio de casa mais cedo.

É isso aí.

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